Nossa História
A Adote começa sua história pelos braços de Shirley Rodrigues de Carvalho, engenheira civil que ao se aposentada dedicou-se ao trabalho voluntário, visitando pessoas com deficiência na Cidade da Esperança, e nos bairros adjacentes, seguindo orientações da Ir. Priscille Roy – freira da Congregação das Servas do Coração Imaculado de Maria, conhecidas como Irmãs do Bom Pastor de Quebec, vinculada a paróquia da Cidade da Esperança – bairro da zona oeste da cidade de Natal/RN.
Nesta época, suas visitas resultavam numa demanda para cadeias de rodas, consultas médicas, entre outras. Na tentativa de suprir as necessidades levantadas nestas suas peregrinações, entre idas e vindas a LBA – Legião da Brasileira de Assistência, surge a ideia de fundar uma entidade social.
No livro “Pedaços de Vida”, Shirley credita tal feito também ao amigo e advogado Ubiratan Pergentino de Araújo, as irmãs da SCIM e ao tio Pe. Tarcísio – pároco da Igreja Nossa Senhora da Esperança na época. Através de recursos de instituições alemãs, a trupe do bem constrói um salão ao lado da paróquia e lá nasce a Adote.
Associação de Orientação aos Deficientes – Adote, assim é batizada pelo advogado Diógenes da Cunha Lima, que a pedido de sua esposa, Moema Tinoco da Cunha Lima, doa tempos depois um terreno no mesmo bairro – Cidade da Esperança, para a construção de uma sede própria para a instituição. É construído um salão para atendimento fisioterápico – Moema também é responsável, entre tantas outras contribuições, pela doação da primeira mesa de fisioterapia; duas salas de aula e um consultório odontológico.
Apesar da dificuldade, parcerias são realizadas resultando na ampliação da infraestrutura da instituição, bem como dos serviços oferecidos. Não tarda, o reconhecimento dos serviços prestados aparecem, como o da Secretaria de Educação do Estado do RN que transforma em 1995 a ação pedagógica desenvolvida pela Adote em Escola Madre Fizbach que passa a atender da educação infantil ao 5º ano.
Com uma demanda crescente, em 2003, um projeto desenvolvido na instituição foi apresentado ao povo do Japão, através de seu Consulado, em Recife. Aprovado, o projeto viabilizou o financiamento da construção do prédio onde hoje a escola está instalada. Além dos recursos do Japão, a ADOTE recebeu doações do Governo do Estado e da comunidade, que colaboraram com a conclusão da obra.
Ao longo dos anos, a escola Madre Fitzbach, agora em sede própria, iniciou um processo de inclusão, convidado os irmãos dos alunos, até então atendidos, para estudarem na escola. Esse processo acabou se tornando referência para outras instituições de ensino. Atualmente, a Escola Madre Fitzbach atende anualmente 250 crianças com ou sem deficiência – do 1o ao 5o ano – nas faixas etárias de 6 a 12 anos, nos turnos matutino e vespertino, com uma estrutura que dispõe de 6 salas de aulas, uma quadra esportivo, refeitório, cozinha industrial, biblioteca e salas administrativas.
Não o bastante, no prédio onde funcionava a antiga escola – um galpão de uma antiga gráfica em frente à sede da Adote, agora junho de 2007, é inaugurado o Centro de Convivência Teresinha Gurgel de Farias que passa a centralizar e articular ações culturais desenvolvidas pela instituição no intuito de promover a expressividade artística através do fazer e do vivenciar Arte.
E segue a história, 39 anos depois oferecendo serviços na área de saúde, educação, cultura e esporte voltados para a inclusão social da pessoa com deficiência.